Os princípios Fair.coop

Luis Tiago General Ecosystem @pt-pt, main menu - Portuguese0 Leave a Comment

A FairCoop não pretende definir nem criar novos princípios. Muitos de nós, com diferentes visões e de vários cantos do mundo, já nos questionámos se uma alternativa é possível e se o mundo não poderia funcionar de outra forma. Sabemos para onde queremos ir e que não queremos ficar aqui neste carrossel vazio de princípios e valores que nos leva a destruir-nos uns aos outros.

Os princípios, muitos deles, já estão aí e guiaram muitos de nós até onde nos encontramos.

Não vamos continuar a tentar perceber como é que tudo começou, a transição já está a acontecer e a resposta já foi dada – é dada todos os dias – a partir das casas daqueles que dia após dia constroem alternativas e provam que é possível viver num mundo onde a justiça é algo normal.

Revolução integral, “peer2peer”, criptomoedas, conhecimento livre, ética hacker, decrescimento, bem-estar…. Tudo emerge de princípios claros e objectivos que nos unem para ajudar-nos na transição para um mundo novo, reduzindo ao máximo as desigualdades económicas e sociais entre seres humanos, e contribuindo ao mesmo tempo para uma nova riqueza global, acessível a toda a humanidade como um bem-comum.

Estes são os nossos princípios, os princípios daqueles que tomaram uma decisão simples: sair do carrossel.

 

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Convocatória para a Revolução Integral

Convocam-se todos aqueles que resistem à dominação e escravatura, para se juntarem numa acção consciente pessoal e colectiva pela melhoria e restauração das qualidades e valores que nos permitem viver uma vida juntos, bem como pela construção de novas formas e estruturas de organização em todos os campos da vida de forma a garantir igualdade e equidade no acesso à cobertura das necessidades vitais.

  1. Relações equitativas baseadas na liberdade.

  2. Auto-organização e assembleias populares soberanas.

  3. Público e bem-comum.

  4. Restaurar a propriedade comum como um bem-comum, sob possessão e controlo popular.

  5. Construir um sistema público cooperativo e auto-gerido a partir do apoio mútuo.

  6. Libertar o acesso à informação e conhecimento.

  7. Uma nova economia baseada na cooperação e nas relações de proximidade.

  8. Cooperar com a vida e a natureza.

Lê mais em profundidade sobre estes princípio aqui

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O modelo p2p de organização social

Espalha e desconstrói. Quando tiveres estas componentes, torna-as a todas independentes. Replica-as amplamente. Deixa-as falarem umas com as outras. Deixa-as procurarem-se umas às outras, partilharem umas com as outras, para que juntas criem algo maior do que a soma de todas as partes.

“Peer-to-peer” (ponto-a-ponto) não é só uma forma de ligar computadores em rede; vai muito para além disso, esta rede de pares onde todos somos importantes mas ninguém é essencial. O grupo está em toda a gente e toda a gente faz parte do “self” colectivo; o que criamos contribui para o bem-comum.

Eis como a Fundação p2p define p2p:

  • Contribuição voluntária entre pares e processos participativos com o objectivo de produção do bem-comum.

  • Dinâmicas “peer-to-peer” são caracterizadas pela auto-agregação livre de forma a criar valor comum sem expectativa ou reciprocidade directa de nenhum indivíduo particular, enquanto que os mecanismos de reciprocidade e solidariedade em relação ao bem-comum alargado se mantêm.

  • Portanto, não se trata de um método de alocação hierárquico, nem se baseia num sistema de intercâmbio de commodity; não se trata de uma economia baseada na dádiva que espera algo de volta.

  • Também podemos usá-lo com um sentido mais vasto, como uma mera forma de auto-organização entre pares. Referimos “peer information” quando estamos a falar deste processo.

  • Portanto o contexto define se a definição exacta ou os princípios latos de agregação são relevantes.

  • Finalmente, existem vários níveis: a própria definição descrita acima, os valores e princípios éticos subjacentes em que se baseia, e os ideais e práticas sociais que inspira.

    Para saber mais sobre estes princípios, visita o website da Fundação p2p.

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Ética hacker

Põe de lado a perspectiva imposta pelos media e escuta uma comunidade que fala pelas suas acções….

  1. Toda a informação deve ser livre

  2. O acesso a computadores – e a tudo aquilo que possa ensinar algo sobre a forma como o mundo funciona – deve ser ilimitado e total. Rende-te sempre ao Imperativo Mãos-na-Massa!

  3. Desconfia da autoridade – promove a descentralização.

  4. Os hackers devem ser julgados pelas suas acções e não por outros critérios como os seus diplomas, idade, raça, género ou posição.

  5. Podes criar arte e beleza a partir de um computador.

  6. Os computadores podem mudar a tua vida para melhor.

Estás a ver? “Afinal, somos todos iguais…”

Muitas pessoas já começaram a viagem e dão-nos raízes, e vai haver mais gente que se vai juntar e mostrar novos horizontes… Estamos a saltar fora do carrossel para recuperar alguns dos princípios e começar a caminhar juntos, a cooperar. Aqui está a beleza, na construção de um mundo que nos inclui a todos sem esperar que venha alguém fazê-lo por nós, porque tudo é para-ser-feito e tudo é possível.

Para concluir…

O plano da fair.coop fica assim mais claro – avançar cooperativamente e construir um mundo baseado nos princípios apresentados – e pode ser resumido da seguinte forma:

  • Redistribuição e trocas económicas entre iguais

  • Participação política aberta

  • Descentralização das formas de organização

  • Produção de bem-comum

  • Partilha e distribuição de conhecimento aberto

Economia, política, conhecimento, cooperação, produção, tudo “peer-to-peer”, de forma cooperativa e aberta.

 

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